7 de mai. de 2012

Quem sou eu como aprendiz?

Atualmente, diante de tantos avanços tecnológicos e de tantas informações rápidas  e imprecisas na maioria das vezes, têm feito com que os aprendizes ou alunos demonstrem total desisteresse pelo que um dia foi chamado de educação e ambiente escolar. Apesar do esforço dos “(des)governantes” em capacitar o professor ou de implantar uma educação tecnológica e até mesmo de equipar o ambiente escolar com a mais alta e nova tecnologia, isso tem feito apenas com que o aprendiz se afaste da leitura e da escrita e até mesmo da conversa em grupo e em família. Ser professor nos dias atuais é difícil, muito difícil, afinal, lutar contra jogos eletrônicos, códigos de sites e ensinamentos  que traduzem o que é o afastamento da sala de aula e do convívio familiar e educacional, é o maior dos desafios a alguém que nos tempos outrora, recebia uma fruta, uma flor, um presente pelo bom desempenho, pela simples ação de ensinar, desafiar o analfabetismo, amar o aprendiz e fazer dele um cidadão que sonhava com um futuro brilhante e promissor. Recebia um reconhecimento do superior, não por índice alcançado, mas por ser apenas um facilitador e mediador do conhecimento. Aprender o que aprendemos quando crianças e adolescentes, jamais poderá ser colocado um valor, é imensurável, pois é exatamente esse conhecimento que adquirimos que nos faz ainda lutar contra o que é “vomitado” dentro das escolas e em cursos de capacitação, que muitas das vezes, nos fazem repensar em nossa profissão. Nos faz refletir sobre se é exatamente isso que queremos para nossa velhice, ou terceira idade, que está mais próxima na nossa cabeça do que  em nosso corpo físico. Por outro lado, sim, ainda acredito que pela educação há a transformação de mente e na formação do cidadão. Afinal, eu fui transformado e continuo em formação, pois o deter o saber não me pertence, mas como mediador do conhecimento e do saber, ainda posso transmitir a um menino e uma menina que seja, o verdadeiro sentido do ler e escrever, para ser um cidadão do bem num mundo onde a informação tecnológica é mais destruidora de mente do que uma ferramenta de apoio como dizem. Não quero com isso, dizer que não pode haver nas escolas os laboratórios tecnológicos, aparelhos eletrônicos,  antes, pelo contrário, apoio plenamente, mas contesto apenas a maneira como isto é utilizado e esse poder de como usar não têm estado nas mãos do professor, mas àqueles que jamais sentaram em uma cadeira acadêmica, e hoje têm o poder de mandar e desmandar na educação brasileira, sem contudo primar pelo futuro cidadão, mas sim pelo recheio das contas bancárias e posses.  Mas não posso negar que ainda aprendo com tudo isto, pois preciso me informar desta revolução tecnológica para que hajapelo menos o mínimo diálogo com o aluno que está sobre minha responsabilidade. Mesmo que essa revolução para mim não passe de esterco. Sabe o que eu tenho sido neste contexto todo? Acho que a resposta é um tanto vergonhosa, mas tenho sido um fantoche, onde fazem de mim o que querem, pensam por mim, mudam o lugar de onde estou  sem mesmo me comunicarem, e você pode me questionar: Porque você permite? Eu lhe digo que é assim mesmo, a educação é isso, ser do bem e fazer o bem, mesmo que isto lhe custe uma posição melhor ou uma remuneração digna. Sou professor... pelo menos assim me chamam.

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