Atualmente, diante de tantos avanços tecnológicos e de tantas informações rápidas e
imprecisas na maioria das vezes, têm feito com que os aprendizes ou
alunos demonstrem total desisteresse pelo que um dia foi chamado de
educação e ambiente escolar. Apesar do esforço dos “(des)governantes” em
capacitar o professor ou de implantar uma educação tecnológica e até
mesmo de equipar o ambiente escolar com a mais alta e nova tecnologia,
isso tem feito apenas com que o aprendiz se afaste da leitura e da
escrita e até mesmo da conversa em grupo e em família. Ser professor nos
dias atuais é difícil, muito difícil, afinal, lutar contra jogos
eletrônicos, códigos de sites e ensinamentos que
traduzem o que é o afastamento da sala de aula e do convívio familiar e
educacional, é o maior dos desafios a alguém que nos tempos outrora,
recebia uma fruta, uma flor, um presente pelo bom desempenho, pela
simples ação de ensinar, desafiar o analfabetismo, amar o aprendiz e
fazer dele um cidadão que sonhava com um futuro brilhante e promissor.
Recebia um reconhecimento do superior, não por índice alcançado, mas por
ser apenas um facilitador e mediador do conhecimento. Aprender o que
aprendemos quando crianças e adolescentes, jamais poderá ser colocado um
valor, é imensurável, pois é exatamente esse conhecimento que
adquirimos que nos faz ainda lutar contra o que é “vomitado” dentro das
escolas e em cursos de capacitação, que muitas das vezes, nos fazem
repensar em nossa profissão. Nos faz refletir sobre se é exatamente isso
que queremos para nossa velhice, ou terceira idade, que está mais
próxima na nossa cabeça do que em
nosso corpo físico. Por outro lado, sim, ainda acredito que pela
educação há a transformação de mente e na formação do cidadão. Afinal,
eu fui transformado e continuo em formação, pois o deter o saber não me
pertence, mas como mediador do conhecimento e do saber, ainda posso
transmitir a um menino e uma menina que seja, o verdadeiro sentido do
ler e escrever, para ser um cidadão do bem num mundo onde a informação
tecnológica é mais destruidora de mente do que uma ferramenta de apoio
como dizem. Não quero com isso, dizer que não pode haver nas escolas os
laboratórios tecnológicos, aparelhos eletrônicos, antes,
pelo contrário, apoio plenamente, mas contesto apenas a maneira como
isto é utilizado e esse poder de como usar não têm estado nas mãos do
professor, mas àqueles que jamais sentaram em uma cadeira acadêmica, e
hoje têm o poder de mandar e desmandar na educação brasileira, sem
contudo primar pelo futuro cidadão, mas sim pelo recheio das contas
bancárias e posses. Mas não posso negar
que ainda aprendo com tudo isto, pois preciso me informar desta
revolução tecnológica para que hajapelo menos o mínimo diálogo com o
aluno que está sobre minha responsabilidade. Mesmo que essa revolução
para mim não passe de esterco. Sabe o que eu tenho sido neste contexto
todo? Acho que a resposta é um tanto vergonhosa, mas tenho sido um
fantoche, onde fazem de mim o que querem, pensam por mim, mudam o lugar
de onde estou sem mesmo me
comunicarem, e você pode me questionar: Porque você permite? Eu lhe digo
que é assim mesmo, a educação é isso, ser do bem e fazer o bem, mesmo
que isto lhe custe uma posição melhor ou uma remuneração digna. Sou
professor... pelo menos assim me chamam.
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